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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial #102. Medicina dentária e saúde oral na gestação – estudo piloto
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 42 (diciembre 2016)
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Páginas 42 (diciembre 2016)
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#102. Medicina dentária e saúde oral na gestação – estudo piloto
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Cláudia Benatru Antunes*, Débora Monteiro, Andreia Figueiredo, Mariana Seabra
Universidade Católica Portuguesa
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Objetivos: Na gravidez ocorrem grandes alterações hormonais e fisiológicas que condicionam a saúde oral. O tratamento dentário na gestação requer algumas considerações especiais: a American Academy of Pediatric Dentistry recomenda que todas as grávidas consultem o seu médico dentista durante o 1.° trimestre. Os objetivos deste trabalho foram verificar se existe promoção da saúde oral e aconselhamento à grávida no período pré‐natal, e avaliar a autoperceção das grávidas sobre saúde oral e tratamento dentário na gestação.

Materiais e métodos: Realizou‐se um questionário a 30 gestantes, seguidas no Serviço Nacional de Saúde, inseridas nos 3 trimestres de gestação. Os dados foram recolhidos nos 3 primeiros meses de 2016, na Unidade de Saúde Grão Vasco, em Viseu, e num consultório privado em Cabeceiras de Basto. Para análise estatística, recorreu‐se ao SPSS Statistics (21.0, IBM®, EUA).

Resultados: Oitenta e nove por cento não realizou uma consulta com o médico dentista antes de engravidar, sendo que 45% referiu «não ter pensado nisso». Noventa por cento estavam informadas acerca do direito da utilização de cheque‐dentista, contudo apenas 44% o tinha utilizado até ao momento do questionário. Setenta e sete por cento não recebeu informação sobre saúde oral e gravidez durante a gestação. Sessenta por cento referiu que se deve escovar os dentes logo após um episódio de vómito. Noventa por cento considerou perigoso a realização de exames radiográficos e 63,3% o uso de anestesia local nos tratamentos dentários em mulheres grávidas. Apenas 7% das grávidas referiu que a cárie é transmissível (mãe/filho). Quarenta e três por cento considerou que infeções orais podem estar relacionadas com problemas gestacionais. Sessenta por cento consideraram que existem alterações negativas na saúde oral durante a gravidez, sendo que a totalidade destas referiu sentir as gengivas inflamadas e dor ao escovar, 66,7% o surgimento de sensibilidade dentária, 33,3% maior incidência de cáries, 20,2% surgimento de perimólise e 11,1% surgimento de mobilidade dentária. Existe uma relação significativa entre a utilização de elixir/colutório e a autoperceção de aparecimento de erosão (p=0,025), sendo que as que realizavam bochechos não apresentam tendência a referir aparecimento de erosão.

Conclusões: Existe um défice de consciencialização por parte das gestantes acerca de cuidados de saúde oral. É importante apostar em programas de promoção e prevenção de saúde oral que instruam as grávidas e transmitem recomendações especiais a adotar no período gestacional.

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