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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 44 (diciembre 2016)
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#107. Avaliação in vitro da resistência à fratura após implantoplastia – estudo piloto
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Diogo Banaco*, Daniela Santos Silva, João Carlos Ramos, Ana Messias, José M.F. Ferreira, Orlando Martins
Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica (DEMaC) da Universidade de Aveiro
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Objetivos: O objetivo deste estudo piloto pré‐clínico é avaliar a resistência à fratura de implantes que sofreram implantoplastia e determinar o «n» necessário a considerar para futuros estudos, onde se pretenda avaliar a resistência à fratura de implantes que sofreram implantoplastia.

Materiais e métodos: Seis implantes (Conical Bioneck TRI RP 4,3x13mm, EXAKTUS) foram incluídos em blocos de resina acrílica Self Cure (Unifast Trad), até uma altura de 6mm, deixando os restantes 7mm expostos de forma a simular uma perda óssea marginal. Foram divididos aleatoriamente por 2 grupos (grupo teste‐ implantoplastia; grupo controlo‐sem implantoplastia). Foram utilizados pilares de cicatrização retos de 3,5mm de diâmetro e 5mm de altura (cicatrizador reto, 3,5x5mm TRI, EXAKTUS), aparafusados com recurso a uma chave de carraca e apertados a 15N. O grupo teste foi sujeito a implantoplastia utilizando uma broca cilíndrica diamantada de grão 151μm e uma broca de Arkansas para o polimento, enquanto o grupo controlo não foi sujeito a qualquer procedimento. Ambos os grupos foram sujeitos a testes de compressão (AG‐IS, Shimadzu, 10kN; Shimadzu Corporation, Kyoto, Japão) até ocorrer um sinal de fratura. A análise estatística foi calculada com recurso à função QuickCalcs do Graphpad usando o teste t para amostras não emparelhadas (unpaired t test), para um intervalo de confiança de 95%. O cálculo do número de amostras necessárias para a realização de um estudo futuro, com potência mínima de 80%, foi efetuado com G*Power.

Resultados: No grupo controlo, a força aplicada (média e desvio‐padrão) até ocorrer a fratura foi de 1.331,3/‐182,8N. Para o grupo teste, o valor foi de 1.032,7/‐303,5N. O valor de p obtido para o teste t de amostras não emparelhadas foi de p=0,2182, o que significa que não há diferenças estatisticamente significativas intergrupos. Foi calculado um effect size de 1,2, o que permitiu concluir que um estudo futuro deverá ter uma amostra total de 26 elementos, divididos igualmente por ambos os grupos.

Conclusões: Dentro das limitações de um estudo pré‐clínico, podemos dizer que implantes que sofreram implantoplastia não apresentam diferenças estatisticamente significativas, em termos de resistência à fratura, em relação aos que não sofreram nenhum procedimento. O «n» necessário para realizar um estudo pré‐clínico adequado é de 13 implantes/grupo.

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