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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 48 (diciembre 2016)
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 48 (diciembre 2016)
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#117. Obesidade é fator de risco para desenvolvimento de doenças orais? Uma revisão sistemática
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Gabriela Lacet Silva Ferreira*, Inês Ribeiro Valente Lucas Ferreira, Irene Pina Vaz
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto
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Objetivos: O presente trabalho pretender avaliar, a partir de uma revisão sistemática da literatura, se há evidência científica de que a obesidade pode predispor para o desenvolvimento de doenças orais.

Materiais e métodos: Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados PubMed, SciELO, LILACS e Cochrane Library, através da associação das palavras‐chave «obesity», «dental caries», «gingivitis», «periodontal diseases» e «periapical diseases». Foram utilizados como critérios de inclusão: estudos em seres humanos com delineamento do tipo transversal, caso‐controle, coorte ou revisões sistemáticas, envolvendo indivíduos de 0‐18 anos, que utilizassem o índice de massa corporal (IMC) como critério para determinação da obesidade, e escritos nos idiomas inglês, português e espanhol. Foram excluídos os estudos que investigaram multimorbilidades e não avaliaram uma relação direta entre obesidade e a saúde oral. Dois investigadores independentes avaliaram a inclusão e a qualidade científica dos artigos, através do critério Strengthening the Reporting of Observational studies in Epidemiology (STROBE).

Resultados: De 935 artigos encontrados, 32 cumprem os critérios de inclusão com concordância interexaminador k=0,868. Destes, 22 são estudos transversais, 6 revisões sistemáticas, 3 coortes e um caso‐controle, todos publicados entre 2006‐2015. Dos 32 artigos, 29 estudaram a associação com a cárie dentária, 3 abordaram a doença periodontal e nenhum artigo avaliou a condição periapical. Muitas divergências foram observadas: 13 estudos não encontraram associação estatisticamente significativa entre IMC e cárie dentária; 7 encontraram associação positiva; 5 apresentaram associação negativa. Três estudos reportaram associação positiva entre IMC e indicadores de risco periodontal. Duas revisões sistemáticas concluíram não haver evidência científica que associe o IMC à cárie dentária, e uma encontrou o mesmo resultado para a doença periodontal. Uma outra menciona associação entre cárie dentária e IMC tanto alto quanto baixo.

Conclusões: Não existe consenso na literatura científica a respeito da relação entre obesidade e doenças orais. As diferenças amostrais e no delineamento metodológico dos estudos, assim como a presença de variáveis de confundimento, tais como tipo de alimentação, idade, sexo e fator socioeconômico, ainda não permitem a obtenção de evidência científica suficiente para afirmação de uma relação direta ou causal entre a obesidade e as doenças orais.

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