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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 50 (diciembre 2016)
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 50 (diciembre 2016)
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#122. Biofilme oral em doentes do serviço de cuidados intensivos do Centro Hospitalar do Porto
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Joana Marinho*, Aníbal Marinho, José Frias‐Bulhosa
Centro Hospitalar do Porto, Universidade Fernando Pessoa
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Objetivos: Avaliar o índice de biofilme oral dos doentes na admissão e reavaliar após 7 dias de internamento num serviço de cuidados intensivos. Validar a eficácia da higiene oral efetuada.

Materiais e métodos: Estudo prospetivo, institucional, descritivo, analítico e observacional realizado num serviço de cuidados intensivos do Centro Hospitalar do Porto. Critérios de inclusão: idade superior a 18 anos, tempo de internamento igual ou superior a 7 dias. Procedeu‐se à colheita de dados demográficos, motivo de admissão, tempo de internamento, medicação prescrita, tipo de alimentação efetuada, necessidade ou não de suporte respiratório e qual o tipo de higiene realizada no serviço. Avaliado o índice de higiene oral simplificado de Greene % 26 Vermillion nas primeiras 24h e 7 dias após a 1.a avaliação.

Resultados: Avaliados 32 doentes, idade média de 60,53±14,44 anos, 53,1% do género masculino, pertenciam na sua maioria a pacientes do foro médico e cirúrgico (37,5,5%), com uma demora média de 15,69±6,69 dias de internamento. Relativamente às características particulares da amostra, verificou‐se que maioria dos doentes estiveram sedados (75%), sob suporte ventilatório (81,3%) e a fazer suporte nutricional por via entérica (62,6%). O índice de higiene oral simplificado inicial foi de 0,67±0,45, tendo‐se verificado um agravamento significativo ao fim de 7 dias, 1,04±0,51 (p<0,05). Este agravamento parece estar fundamentalmente dependente dos maus cuidados orais prestados aos doentes, não se tendo observado qualquer diferença significativa resultante dos aspetos particulares avaliados, com exceção para a nutrição entérica versus a soroterapia.

Conclusões: Neste estudo observa‐se que os doentes na admissão apresentam um bom índice de higiene oral, tendo‐se, contudo, observado um agravamento significativo ao fim de uma semana de internamento. Embora este agravamento possa não ser importante para o doente com uma semana de internamento, ele poderá ser indicativo de um risco acrescido para infeções nosocomiais em doentes com internamentos mais prolongados, necessitando estes doentes de uma higiene oral mais eficaz.

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