Objetivos: Sumariar as opções terapêuticas disponíveis para o tratamento da estomatite aftosa recorrente, criar um algoritmo com os fármacos existentes em Portugal, com ênfase à abordagem que está ao alcance do médico dentista e que possa ser consultado facilmente. Este trabalho pretende também avaliar a forma como o paciente que padece desta afeção gere a sua patologia a nível terapêutico, utilizando como amostra de estudo os alunos do mestrado integrado em Medicina Dentária da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP) que tenham, ou que já tiveram, pelo menos um episódio de estomatite aftosa recorrente. Pretendemos também perceber até que ponto os alunos de 4.° e 5.°ano da faculdade, como futuros profissionais de saúde oral, se sentem preparados para tratar pacientes com estomatite aftosa recorrente.
Materiais e métodos: Trata‐se de um estudo observacional, descritivo e transversal, realizado numa amostra de estudo que incluiu todos os alunos do mestrado integrado da FMDUP, que declarassem ter tido pelo menos um episódio de estomatite aftosa recorrente no último ano. O presente estudo decorreu entre 14/3/16 e 18/3/16 e foram obtidos 56 inquéritos.
Resultados: Verifica‐se uma prevalência 3 vezes superior no género feminino. A maioria (70%) declara que as aftas cicatrizam entre 4‐10 dias. A maioria (97%) utiliza medicamentos de aplicação tópica. A maioria (56%) declarou ter conhecimentos teóricos, embora não os saiba aplicar na prática clínica.
Conclusões: O tratamento da estomatite aftosa recorrente deve ser individualizado, de forma a maximizar os benefícios terapêuticos e minimizar os efeitos adversos. Foi criado um algoritmo para o tratamento da estomatite aftosa recorrente. A educação continuada dos médicos dentistas generalistas deve ser orientada para aumentar o seu conhecimento no diagnóstico e tratamento desta doença.