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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 57 (diciembre 2016)
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#140. Avaliação dor pós‐cirurgia no recobrimento radicular: a zona dadora – estudo piloto
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Sónia Pereira Calado*, Orlando Martins, Pedro Carvalho, João Filipe Brochado Martins
FMUC, Universidade Vasco da Gama, Coimbra
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Objetivos: Este estudo piloto pretende avaliar a dor pós‐operatória durante a semana após a colheita de enxerto de tecido conjuntivo no palato, com indicação para recobrimento radicular.

Materiais e métodos: Foram incluídos 6 pacientes (idade média=37,88,26 anos; 2 sexo masculino/4 sexo feminino), não fumadores, saudáveis. Todos os pacientes tinham indicação para recobrimento radicular com recurso a enxerto de tecido conjuntivo no palato. A todos os pacientes foi entregue o consentimento informado. Foi realizada a recolha de enxerto de tecido conjuntivo a nível dos pré‐molares (técnica modificada de Bruno). O outcome primário avaliado foi o nível de dor pós‐operatória sentido durante a primeira semana, através de uma escala visual analógica de 0‐10. Os outcomes secundários foram o número de analgésicos/dia (paracetamol 1.000mg) ingeridos e o local (dador ou recetor ou ambos) com maior dor.

Resultados: Outcome primário – dor (média±desvio‐padrão): dia 0: 2,17(2,04); dia 1: 1,50(1,05); dia 2: 1,33(0,82); dia 3: 0,17(0,41); dia 4: 0; dia 5: 0; dia 6: 0; dia 7: 0; semana: 0,66(1,15). Outcome secundário – analgésicos (média±desvio‐padrão): dia 0: 1,17(0,98); dia 1: 1,50(1,05); dia 2: 0,67 (0,82); dia 3: 0; dia 4: 0; dia 5: 0; dia 6: 0,50(1,22); dia 7: 0,17(0,41); semana: 0,50(0,88). Outcome secundário – local com maior dor: dador=0 pacientes; recetor=um paciente; ambos=5 pacientes.

Conclusões: Os inquéritos revelaram um baixo nível de dor ao longo da primeira semana, tendo os 3 primeiros dias sido os que registaram maior valor. A dor foi mais forte no dia da cirurgia e nos 2 dias seguintes, pelo que se deve informar o paciente, prescrevendo, eventualmente, analgésicos mais fortes O local dador não foi necessariamente o local associado com mais dor, pelo que questiona‐se a significância que um segundo local cirúrgico tem no aumento da dor pós‐operatória. No entanto, seriam necessários estudos clínicos controlados, randomizados, com maior número de pacientes, bem como um grupo controlo para concluir acerca da importância de um segundo local cirúrgico na dor pós‐operatória.

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