Objetivos: Analisar, numa população de doentes portadores de fenda labial e/ou palatina, um determinado número de características morfológicas e demográfico/sociais.
Materiais e métodos: Este estudo transversal incluiu 60 pacientes referidos à consulta da pós‐graduação de Ortodontia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, pelo Hospital Pediátrico de Coimbra, durante o ano de 2015. Os dados relativos aos pacientes foram obtidos através de realização de uma história clínica completa de ortodontia (anamnese, modelos de estudo, fotografias, exames radiográficos).
Resultados: Dos 60 pacientes incluídos no estudo: 65% são do género masculino; a faixa etária varia entre os 5‐22 anos, sendo os 11 anos a idade mais prevalente; a fenda mais comum é a labiopalatina unilateral, presente em 63% dos casos (destas, em 55% afeta o lado esquerdo); em 75% dos casos existe endognatia maxilar (anterior e/ou posterior); 73,3% dos doentes apresentam pelo menos uma agenesia dentária, sendo a agenesia do incisivo lateral superior a mais comum.
Conclusões: A fenda labial e/ou palatina é mais frequente indivíduos do sexo masculino e parece estar associada a outras alterações, tais como endognatia maxilar e agenesias dentárias, que têm indicação para a realização de tratamento ortodôntico.