Um novo ano começa e com ele novos desafios se apresentam. O ano de 2013 afigura-se como um ano de muitas oportunidades.
Apesar de serem várias as vozes que se levantam afirmando que o ano que agora começa será um ano particularmente difícil, no que a esta revista diz respeito será com certeza mais um ano de afirmação. Esta convicção tem como base o constante crescimento do número e da qualidade dos trabalhos que nos são submetidos para publicação.
Em 2012, este aumento relativamente ao ano anterior traduziu-se em valores que ultrapassam os 25%. Mas mais importante que o aumento do número total de artigos submetidos, é a inversão do tipo de trabalhos que nos têm sido enviados. Dos 93 artigos submetidos, 47% foram trabalhos originais de investigação e 28% artigos com a descrição de casos clínicos. As comunicações breves e os artigos de revisão perfizeram os restantes 25% de trabalhos submetidos para publicação.
Estes números revelam algo de muito bom, o aumento do interesse crescente da nossa comunidade científica pela investigação, que nos permite ser ainda mais rigorosos no cumprimento do estabelecido, há mais de 2 anos, nas normas de publicação. A partir deste ano, só excecionalmente são aceites trabalhos de revisão que não sejam solicitados pelos editores da revista. Como comunicações breves, apenas são considerados trabalhos com a descrição de técnicas clínicas e metodologias de investigação verdadeiramente inovadoras.
Foi com o intuito de aumentar o rigor e a qualidade da revista que, no início deste ano de 2013, se introduziram algumas alterações nas normas de publicação e a equipa de editores foi reforçada, com dois novos elementos. Estas modificações pretendem também dar resposta ao desafio de diminuir o nosso tempo de resposta aos autores e tornar mais célere a publicação. É necessário que o fruto do trabalho da comunidade científica seja divulgado em tempo útil.
Paralelamente ao importante papel que é reconhecido aos autores dos trabalhos submetidos para publicação nesta revista, apraz verificar a crescente exigência dos nossos leitores. Para a obtenção da crescente qualidade científica por eles exigida, é de destacar o importante trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelos membros do Conselho Editorial e por todos os revisores externos que têm colaborado no processo de arbitragem dos trabalhos que nos são enviados. É a enorme disponibilidade manifestada, o grande rigor científico e a forma empenhada, objetiva e criteriosa com que têm realizado a avaliação dos artigos que tem permitido a afirmação da Revista.
Assim, devido à inegável qualidade dos investigadores e clínicos que nos têm elegido para a publicação dos seus trabalhos e dos nomes que compõem o nosso Conselho Editorial, a Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial é seguramente a revista científica de referência na área da saúde oral em Portugal.
Propriedade da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD), tem sido ao longo dos seus quase 80 anos de existência o órgão oficial desta Sociedade. No entanto, parece chegada a hora de toda a comunidade científica se unir em torno desta publicação. Parece ser tempo desta revista passar a ser utilizada, também, como a voz doutras sociedades científicas na área da saúde oral. É tempo de existir uma revista forte que permita uma maior divulgação a nível internacional do trabalho aqui desenvolvido, e esta é a revista que se encontra em melhor posição para assumir este papel e vencer este desafio.