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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial C-38. Osteíte Condensante - a propósito de um caso clínico
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Vol. 54. Núm. S1.
Páginas e56 (octubre 2013)
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Páginas e56 (octubre 2013)
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C-38. Osteíte Condensante - a propósito de um caso clínico
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Hélia Garcês
, Ana Valente, Otília Pereira Lopes, Germano Rocha, João Carvalho
Faculdade de Medicina Dentária da Faculdade do Porto (FMDUP)
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Introdução: A Osteíte Condensante caracteriza-se por uma densidade óssea aumentada, difusa ou bem definida, cuja esclerose é confinada aos limites do osso. A etiologia subjacente pode ser uma infeção ou irritação, ou um processo reparador após trauma e infeção. Clinicamente, é assintomática afetando pessoas de qualquer idade, com predileção pelo sexo feminino e a zona mais comummente afetada é a mandíbula, mas também pode afetar o maxilar superior, fémur, a tíbia e o cotovelo. Radiologicamente, caracteriza-se por uma lesão radiopaca, associada a um dente restaurado ou sob trauma. A imagem radiológica mantém-se após extração do dente associado.

Caso clínico: Trata-se de um caso de um paciente, do género feminino, de 63 anos de idade, que compareceu à consulta de Patologia e Cirurgia Oral da FMDUP para tratamentos médico-dentários. A história médica não revelou patologias sistémicas associadas. No exame físico intraoral não foram observadas alterações relevantes. Aquando do exame radiográfico (ortopantomografia), observou-se uma lesão radiopaca na região do dente 35 e na região edêntula dos molares do 3° quadrante. Foram realizadas radiografias intraorais em incidência periapical e observou-se um espessamento do ligamento periodontal e integridade da lâmina dura dos dentes adjacentes às lesões. As características clínicas e radiográficas foram compatíveis com o diagnóstico inicial de osteíte condensante. Para esclarecimento de diagnóstico foi realizada uma Tomografia Computorizada (TC).

Discussão e conclusões: Na TC pôde-se observar um foco de osteocondensação periapical na localização do dente 35, mas também na zona edêntula dos molares do 3° quadrante. Não se verificou expansão da mandíbula, nem irregularidades das corticais, assim como outras alterações de densidade óssea mandibular, designadamente que sugerissem lesão osteolítica. É importante que se proceda ao diagnóstico diferencial com as seguintes patologias: displasia cimento-óssea periapical, osteoma, cimentoblastoma, osteoblastoma, hipercimentose e odontoma complexo. No caso clínico apresentado recomenda-se o tratamento etiológico do trauma oclusal nos dentes adjacentes às áreas de osteocondensação. As áreas de Osteíte Condensante não são muito extensas, pelo que a remoção cirúrgica através da biópsia não é recomendada. A exacerbação aguda de uma Osteíte Condensante pode acontecer, nesses casos o tratamento recomendado é conservador, nomeadamente antibioticoterapia nas fases agudas. O tratamento recomendado para a osteíte condensante é o controlo radiográfico. O tempo do controlo radiográfico e os intervalos entre exames não está definido e por isso varia de acordo com os critérios de cada Médico Dentista.

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