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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 54. Núm. S1.
Páginas e1-e2 (octubre 2013)
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Vol. 54. Núm. S1.
Páginas e1-e2 (octubre 2013)
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I-2. Variáveis associadas ao Tratamento Endodôntico na Clínica Pedagógica da UFP
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Isabel C. Faria
, M. Conceição Manso, Natália Pestana de Vasconcelos
Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa (FCS-UFP), REQUIMTE-UP
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Objetivos: Endodontia é a área da Medicina Dentária que tem como objetivo a preservação do dente através da prevenção, diagnóstico, prognóstico, tratamento e controle das alterações da polpa dentária e dos tecidos periapicais. O objetivo deste trabalho foi descrever, caracterizar e analisar variáveis associadas ao Tratamento Endodôntico (TE) na Clínica Pedagógica de Medicina Dentária da Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade Fernando Pessoa (UFP).

Materiais e métodos: Estudo observacional descritivo, retrospetivo, com recolha de dados realizada a partir das fichas clínicas de endodontia do ano letivo 2010/2011; De 1531 processos consultados, 378 possuíam ficha clínica de endodontia, num total de 317 pacientes. Foram excluídas todas as fichas clínicas de endodontia com RTENC. Os procedimentos de análise estatística descritiva e inferencial foram realizados utilizando o programa informático Statistical Package for the Social Sciences (IBM© SPSS© Statistics) vs. 20.0 para Windows, através das ferramentas adequadas (alfa=0,05).

Resultados: A prevalência de pacientes com diabetes mellitus foi de 4,4% e de doença cardiovascular de 10,4%. Dos TE realizados, 66,2% pertenciam ao género feminino e 33,8% ao género masculino. A maxila apresentou maior número de Tratamentos Endodônticos (59,3%) relativamente à mandibula. Os dentes posteriores foram os mais vezes tratados. Há uma maior frequência de tratamentos realizados em múltiplas sessões (71%), sendo esta percentagem dependente da localização dentária ou grupo dentário. O diagnóstico pulpar e periapical mais frequente foi a necrose pulpar (42,9%) e a periodontite apical sintomática (31,6%), respetivamente. Observou-se baixa prevalência de lesões apicais (4,5%), sendo estas maioritariamente de tamanho inferior a 5mm (88,2%). Verificou-se uma baixa frequência (0,5%) de flare-up. A maioria dos casos (67,5%) apresentaram uma adequada obturação e a restauração coronária definitiva foi realizada em 81% dos dentes (n=234), sendo a realização desta restauração significativamente dependente do grupo dentário e do número de sessões necessárias para concluir o TE.

Conclusões: É essencial analisar e monitorizar os fatores associados ao Tratamento Endodôntico que podem ter relevância no prognóstico deste tratamento, permitindo avaliar os resultados dos cuidados de saúde prestados numa clínica pedagógica universitária.

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