Objetivos: A avaliação do desenvolvimento fetal é essencial no diagnóstico pré-natal de alterações ocorridas durante a gestação. Na tentativa de se tentar relacionar a existência de síndromes e/ou anomalias congénitas com manifestações orofaciais e a ausência ou hipoplasia do nariz, no período pré-natal, foi definido como principal objectivo deste estudo determinar a prevalência desta caraterística numa população de gestantes portuguesas.
Materiais e métodos: A amostra desta investigação foi composta por 79 gestantes com idade gestacional compreendida entre as 20 semanas e as 20 6 dias. Estas foram divididas em dois grupos: grupo normal (A)(n=71) e grupo com patologia (B)(n=8). A medida do osso nasal foi retirada através das imagens e relatórios obtidos na ultrassonografia pré-natal. Adicionalmente foi recolhida toda a informação do boletim/ficha clínica de cada gestante.
Resultados: A idade das gestantes apresentou uma média de 31 anos. O osso do nariz revelou-se ausente ou hipoplásico no grupo com patologia (B) comparativamente com o grupo normal (A). Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre o grupo com gestação interrompida e sem gestação interrompida.
Conclusões: Foi encontrada uma relação entre a medida do osso próprio do nariz em ultrassonografia pré-natal e a presença de patologia com manifestações orofaciais e entre o referido osso e a interrupção médica da gestação.