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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 54. Núm. S1.
Páginas e34 (octubre 2013)
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Vol. 54. Núm. S1.
Páginas e34 (octubre 2013)
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I-76. Comparação entre dois métodos de remoção de compósito após tratamento ortodôntico
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Gustavo Vieira Pinto
, Susana Almeida Ferreira, Mónica Pinho, Pedro Mesquita
Universidade Fernando Pessosa (UFP), Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP)
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Objetivos: Devido às melhorias das propriedades físicas e mecânicas dos adesivos e dos sistemas de resinas a remoção dos restos de resina, após tratamento ortodôntico, é um procedimento final que visa restaurar a superfície do dente tão próximo quanto possível à sua condição prévia ao tratamento sem induzir dano. Muitos autores introduziram várias técnicas para remover a resina remanescente. O objetivo deste trabalho foi comparar a eficácia de dois métodos de remoção do compósito utilizado na colagem de brackets e analisar as possíveis lesões causadas no esmalte.

Materiais e métodos: Noventa e dois brackets foram colados em molares, sem lesões no esmalte, distribuídos por dois grupos de acordo com o método de remoção do compósito: Grupo A: remoção utilizando pedras de Arkansas a baixa rotação e Grupo B: remoção utilizando brocas multilaminadas de tungsténio a baixa rotação. Foi cronometrado o tempo de remoção, para cada método, com um limite máximo de 45 segundos. Após a descolagem dos brackets foi analisado, com recurso a uma lupa macroscópica (40x), e quantificado o compósito que permaneceu aderido bem como as lesões provocadas no esmalte, utilizando o Índice de Adesivo Remanescente (IAR) e o Índice de Rugosidade de Superfície (IRS), respetivamente. Foi realizada estatística descritiva e inferencial utilizando o programa SPSS® v.18.0 tendo sido aplicados os testes t-Student, one-way ANOVA, Kolmogorov-Smirnov e o teste de independência do Qui-Quadrado. O nível de significância utilizado foi de 0,05.

Resultados: Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na quantidade de compósito que permaneceu aderido ao esmalte após a aplicação dos dois métodos de remoção. Quanto à rugosidade do esmalte, a pedra de Arkansas originou um padrão de estrias finas e superficiais enquanto que as brocas de carboneto de tungsténio originaram uma superfície mais rugosa com estrias mais profundas.

Conclusões: As estrias observadas no esmalte, provocadas pela remoção do compósito remanescente após a descolagem de brackets, parecem ser inevitáveis mas podem ser atenuadas através da realização de um protocolo correto. A pedra de Arkansas, a baixa rotação, criou uma aceitável superfície de esmalte enquanto que as brocas de carboneto de tungsténio mostraram ser um procedimento suscetível de provocar maior rugosidade no esmalte. Ambos os métodos foram igualmente eficazes na remoção do compósito aderido.

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