Objetivos: Avaliar se a colonização por microrganismos em brackets auto-ligáveis e brackets convencionais de aparelhos ortodônticos fixos é diferente nas mesmas condições de utilização e higiene oral.
Materiais e métodos: Os participantes foram cinco pacientes da clínica de ortodontia da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto em tratamento ortodôntico ativo. Estudou-se a colonização de Porphyromonas gingivalis, Prevotella intermedia, Actinomyces spp., Candida albicans, Streptococcus sanguis e Streptococcus mutans. Colaram-se 2 brackets auto-ligáveis e 2 brackets convencionais na maxila de cada paciente, sendo retirados trinta dias depois. Fez-se a coloração de Gram e inoculação nas placas dos meios seletivos. As placas em aerobiose foram observadas diariamente até aos cinco dias e em anaerobiose após sete dias de incubação, contaram-se as unidades formadoras de colónia. Utilizou-se o Microsoft Excel® 2007 para a análise comparativa da amostra e os testes ANOVA e Man-Whitney para a análise estatística.
Resultados: Obteve-se uma contagem média de unidades formadoras de colónia superior para todos os microrganismos nos brackets auto-ligáveis quando comparados com os convencionais. Estes valores não foram estatisticamente significativos. Apenas a variabilidade inter-participante teve significância.
Conclusões: Parece não existir diferenças estatisticamente significativas na colonização microbiana por parte dos brackets auto-ligáveis e convencionais, quando estudado o parâmetro tipo de bracket. No entanto, conseguimos encontrar uma tendência para uma maior colonização por parte dos primeiros.