Objetivos: analisar a forma de comunicação entre o Médico Dentista e o Técnico de Prótese na confeção de uma prótese parcial removível, recolher informação sobre o tipo de materiais, técnicas e procedimentos realizados e estudar a prevalência dos componentes protéticos relacionando-os com o tipo de desdentação parcial em questão.
Materiais e métodos: através do preenchimento de um questionário, foram analisadas fichas laboratoriais e modelos de trabalho de 50 próteses parciais removíveis esqueléticas confecionadas em dois laboratórios de prótese dentária da área metropolitana do Porto.
Resultados: verificou-se que o Técnico de Prótese não recebeu instruções do Médico Dentista relativamente ao desenho da prótese parcial removível em 80% dos casos, tendo o desenho sido maioritariamente efetuado pelo primeiro (80,0%). Os conetores maiores mais frequentes foram a placa palatina na maxila (66,7%) e a barra lingual na mandíbula (80,8%). Os retentores diretos mais utilizados foram o gancho de Ackers (76,0%) e o gancho de ação posterior (48,0%). O alginato foi o material de impressão utilizado em 100% dos casos observados e 82% das impressões definitivas foram realizadas utilizando uma moldeira individual. A técnica do modelo alterado foi utilizada em apenas 9,5% dos casos potencialmente aplicáveis.
Conclusões: Na maioria dos casos analisados, verificou-se uma comunicação insuficiente entre o Médico Dentista e o Técnico de Prótese relativamente a uma etapa tão fundamental da execução de uma prótese removível como é o seu desenho. Destaca-se ainda a utilização de moldeiras individuais e alginato em todos os casos analisados.