Objetivos: Averiguar se a esterilização por autoclave ou a desinfeção utilizando um desinfetante de alto nÃvel afetam as propriedades originais dos espigões de fibra de vidro nomeadamente a resistência à fratura por flexão.
Materiais e métodos: Foram utilizados 20 espigões de fibra de vidro divididos em três grupos. Um primeiro grupo, grupo A, de controlo, constituÃdo por 4 elementos, um segundo grupo, grupo B constituÃdo por 8 espigões submetidos a esterilização por autoclave e um terceiro grupo, grupo C, formado por 8 espigões imersos numa solução desinfetante de alto nÃvel. Após o processo de esterilização/desinfeção foi analisada a resistência à fratura por flexão com recurso ao teste three-point bending. Foi realizada estatÃstica descritiva com determinação da média e do desvio-padrão para cada grupo e estatÃstica inferencial com recurso ao teste paramétrico one-way ANOVA para verificar se existiam diferenças entre grupos e à análise de múltiplas comparações - correção de Bonferroni - para verificar entre que grupos existiam diferenças. O nÃvel de significância considerado foi de 0,05.
Resultados: Verificaram-se diferenças estatisticamente significativas entre o grupo controlo e o grupo autoclave (p=0,010). Não foram verificadas diferenças com significado estatÃstico, para um intervalo de confiança de 95%, entre os grupos controlo e o grupo imerso em desinfetante (p=0,060) e entre o grupo submetido a esterilização por autoclave e o grupo imerso em desinfetante (p=0,946).
Conclusões: Os dois métodos de esterilização/desinfeção testados diminuÃram a resistência dos espigões à fratura tendo o grupo dos espigões sujeitos a esterilização em autoclave registado a maior diminuição apresentando diferenças com significado estatÃstico em relação ao grupo controlo.