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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial SPODF #5. Agenesia bilateral de caninos maxilares permanentes – caso clínico
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 64 (diciembre 2016)
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SPODF #5. Agenesia bilateral de caninos maxilares permanentes – caso clínico
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Tiago Bessa Martins, Catarina Faria Lima, Carlos Silva
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Introdução: A ausência congénita de dentes está entre as anomalias dentárias mais frequentes, sendo a mais comum a agenesia do terceiro molar. A prevalência de agenesias na população caucasiana (terceiros molares excluídos) é de 4,5‐7,4%. A agenesia bilateral de caninos maxilares é extremamente rara, apontando‐se‐lhe uma prevalência 0,18%. O caso clínico aqui apresentado retrata a agenesia bilateral dos caninos maxilares e respetivo tratamento feito em 2 fases, intercetiva e corretiva.

Descrição do caso clínico: Paciente do sexo masculino com 10, 2 anos, em fase de dentição mista com classe Identária subdivisão esquerda. Dente 21 cruzado com 31, associado a problema periodontal; mandíbula com apinhamento dentário moderado, recomendando interceção precoce para resolução do problema funcional e da falta de espaço mandibular. Após colocação da dentição permanente, procedeu‐se à extração dos dentes 34 e 44 para resolução da DDM negativa e harmonização das arcadas, seguindo‐se a colocação de aparelhagem fixa bimaxilar.

Discussão: A intervenção precoce favoreceu a migração mesial dos pré‐molares superiores para o local dos caninos, a interceção de um problema funcional (mordida cruzada anterior) e a resolução da falta de espaço mandibular. A fase corretiva permitiu o ordenamento e harmonização das arcadas e estabelecimento de uma oclusão funcional. O tempo de tratamento (2 anos) poderia ter sido encurtado, caso o paciente não tivesse o hábito de «roer o lápis», que provocou por 2 vezes deformação do arco maxilar. No final do tratamento, optou‐se por não fazer plastia adicional da cúspide palatino dos primeiros pré‐molares superiores, por se ter entendido que não causava prejuízos estético ao paciente.

Conclusão: A agenesia de caninos é rara, a agenesia bilateral dos caninos maxilares ainda mais rara e deve ser intercetada precocemente, de forma a estabelecer uma oclusão funcional o mais cedo possível. A sua etiologia é multifatorial, podendo estar ligada a fenómenos genéticos.

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