Introdução: Dentes inclusos são frequentemente encontrados no diagnóstico e tratamento das más oclusões dos pacientes ortodônticos. Os caninos maxilares são, após os terceiros molares, os dentes inclusos mais frequentes, com uma incidência de 1‐3%. Vários problemas podem surgir quando lidamos com estes dentes, como o aumento do tempo de tratamento, a perda de osso no canino e/ou dentes adjacentes, reabsorções radiculares de incisivos laterais e recessão gengival labial/palatina destes dentes. Existe um debate considerável no que concerne ao método cirúrgico de exposição do canino. Alguns autores advogam que a erupção fechada condiciona maior conforto ao paciente e que é melhor em termos periodontais a longo prazo. Outros autores argumentam que a cirurgia aberta apresenta vantagens, como menor probabilidade de necessitar de mais cirurgias e menor risco de reabsorção radicular do incisivo lateral. O propósito deste trabalho é descrever e salientar as vantagens/desvantagens da abordagem de caninos inclusos pela técnica de exposição fechada.
Métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica recorrendo às bases de dados registadas na «EBSCO Information Services», na MEDLINE/ Pubmed e Science Direct. Foram usadas as seguintes palavras‐chave: «impacted canine», «included canine», «canine traction», «surgical exposure canine» e «closed surgical exposure canine».
Resultados: Os resultados dos estudos analisados indicam que a abordagem cirúrgica fechada é um método válido para a tração de caninos impactados por palatino.
Conclusões/Implicações clínicas: A angariação de espaço, ortodonticamente, antes da cirurgia de exposição do canino impactado por palatino, seguida da colagem de um acessório e de sutura completa do retalho e tração imediata, é uma opção terapêutica segura e previsível para tratamento de caninos impactados por palatino. Esta técnica apresenta riscos mínimos de morbilidade.