Objetivos: Avaliar topograficamente o selamento imediato da dentina (IDS), mediante diferentes granulometrias de óxido de alumínio e diferentes tempos de exposição ao jato de óxido de alumínio.
Materiais e métodos: Trinta molares hígidos foram submetidos ao IDS com recurso ao sistema adesivo OptibondTM FL (Kerr, Orange, EUA) após a exposição da dentina média e colocados em estufa a 37°C, durante 24 horas. Foram divididos em 3 grupos, consoante o diâmetro das partículas de óxido de alumínio utilizadas no tratamento de superfície dos dentes (Jato Airsonic Mini Sandblaster – Hager % 26 Werken, Duisburg, Alemanha): G1, 27μm; G2, 50μm; G3, 30μm; partículas silicatizadas (CoJet – 3M ESPE Neuss, Alemanha) e, cada um destes, em 2 subgrupos, consoante o tempo de exposição ao jato de óxido de alumínio (T1- 4s e T2- 10s). Foram realizadas 3 leituras, utilizando o sistema de impressão digital True Definition Scanner (3M ESPE), e registados os valores dos desgastes médio e máximo (mm): primeira leitura, após o corte da dentina média; segunda, após a aplicação do sistema adesivo (técnica IDS); e terceira, após o tratamento de superfície consoante o grupo (jateamento com o óxido de alumínio). Os resultados foram obtidos através de sobreposição de imagens, recorrendo ao software informático Geomagic Control 2014 (EUA). A análise estatística foi efetuada com recurso ao teste ANOVA one‐way e testes post‐hoc (p<0,05 [SPSS20.0]).
Resultados: Os valores médios obtidos foram: G1T1: 0,028120±0,0115; G2T1: 0,024240±0,0023; G3T1: 0,021600±0,0075; G1T2: 0,034680±0,0073; G2T2: 0,040560±0,0164; G3T2: 0,034360±0,0167. Os grupos jateados com partículas silicatizadas de 30μm (G3) obtiveram significativamente maior desgaste médio aos 10s (G3T2), comparativamente ao desgaste médio observado aos 4s (G3T1) (p=0,078). Os restantes grupos apresentaram apenas uma tendência de aumento do desgaste médio de T1 para T2, mas sem diferenças estatisticamente significativas. A comparação entre granulometrias não apresentou diferenças estatisticamente significativas nos desgastes médios em T1 (p=0,456) ou T2 (p=0,744).
Conclusões: O IDS é influenciado pelas diferentes granulometrias e diferentes tempos de exposição. Tempos de exposição mais elevados sugerem valores de desgaste médios mais elevados.