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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 26 (diciembre 2016)
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 26 (diciembre 2016)
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#063. Efeito do peróxido de hidrogénio na viabilidade de células osteoblásticas – estudo piloto
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1950
Andreia Bandeira Luís Vieira*, Joana Faria Marques, Mariana Brito da Cruz, Carlota Inês Duarte de Mendonça, Duarte Marques, António Mata
GIBBO‐UICOB, Faculdade de Medicina Dentária, Universidade de Lisboa
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Objetivos: Avaliar os efeitos da exposição ao peróxido de hidrogénio potencialmente resultante de processos de difusão radicular após técnicas de branqueamento interno na viabilidade de uma linhagem de células osteoblásticas, avaliando especificamente o efeito do tempo de exposição e da concentração de peróxido de hidrogénio.

Materiais e métodos: Foram utilizadas células osteoblásticas fetais humanas condicionalmente imortalizadas – hFOB 1.19 (ATCC® CRL‐11372) cultivadas em placas de 96 poços (1,0x104 células/poço). As condições de cultura foram de acordo com as indicações da ATCC para esta linha celular. As células foram expostas a soluções de peróxido de hidrogénio num espectro de 6 pontos crescentes de concentração: 0,0μg/ml (controlo), 0,5μg/ml, 1,0μg/ml, 2,5μg/ml, 6,0μg/ml e 15,0μg/ml, durante uma hora, 24 horas ou 72 horas (n=3). A viabilidade celular foi avaliada através do kit CellTiter‐Blue® (Promega Corporation) e os resultados medidos por espectrofluorimetria. Os resultados foram analisados pelo teste ANOVA com teste Duncan ou Tukey post‐hoc conforme apropriado, usando o grupo de controlo como referência. Apenas foram considerados valores significativos para p<0,05.

Resultados: A exposição ao peróxido de hidrogénio em todas as concentrações testadas resultou numa diminuição muito significativa da viabilidade celular osteoblástica em comparação com o controlo (p=0,000). É notório um decréscimo abrupto da viabilidade (71,43%) a partir da primeira concentração testada (0,5μg/ml), que se manteve com ligeiro decréscimo em função do aumento da concentração de peróxido de hidrogénio, atingindo uma redução de 80,98% com a solução de 15,0μg/ml. No entanto, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre as concentrações testadas. Quando considerado o tempo de exposição, foi observada uma diminuição crescente da viabilidade em função do aumento do tempo de exposição, variando de 39,07% (1 hora) até 12,01% (72 horas). Contudo, estas diferenças são apenas significativas entre 1‐72 horas de exposição (p=0,003).

Conclusões: A exposição ao peróxido de hidrogénio nas concentrações e tempos de estudo testados diminui significativamente a viabilidade de osteoblastos hFOB1.19. Serão necessários estudos complementares para a completa caracterização da curva de tempo e dose‐resposta do peróxido de hidrogénio neste modelo celular.

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