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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 46 (diciembre 2016)
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 46 (diciembre 2016)
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#113. Influência do protocolo de queima na cor de restaurações com infraestrutura de cerâmica
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João Roque*, João Martins, Luís Santos, Jaime Portugal
Instituto Superior Técnico – Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina Dentária – Universidade de Lisboa
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Objetivos: Investigar, in vitro, a influência da alteração do protocolo de queima na diferença de cor (ΔE*) de restaurações de cerâmica, fabricadas com diversas infraestruturas de materiais cerâmicos de alta resistência.

Materiais e métodos: Cinco discos (n=5) de NobelProcera Alumina (NPALU), NobelProcera Zircónia branca (NPZRW), Ice‐Zirkon‐Translucent branca (ZZRTW) e Prettau‐Zirconia pigmentada na cor D3 (ZZRPC), com 12mm de diâmetro e 0,4mm de espessura, foram recobertos com cerâmica Wieland‐NR na cor D3, para atingir uma espessura final de 1,6mm. O recobrimento foi feito aplicando várias camadas sucessivas de cerâmica: liner (0,1mm); dentina (0,9mm); incisal (0,2mm); glaze. Foram utilizados 2 protocolos de sinterização da cerâmica de recobrimento, o do fabricante e um alternativo com ‐10°C de incremento de temperatura (35°C) e arrefecimento lento até aos 600°C. A diferença de cor (ΔE*) para a cor alvo (D3) foi obtida com espectrofotómetro Vita Easy Shade Compact sobre 8 fundos: Co‐Cr polido; Co‐Cr jateado; Ag‐Au‐Pt polido; Ag‐Au‐Pt jateado; compósito; dentina; titânio e zircónia. Os dados foram analisados com testes não paramétricos segundo Kruskal‐Wallis, seguido de comparações múltiplas para avaliação da influência do tipo de material e testes para medições repetidas (ANOVA de 2 vias às ordens segundo Friedman) para avaliação da influência dos fundos (alfa=0,05).

Resultados: A influência do protocolo de sinterização sobre o ΔE* foi dependente do material de infraestrutura. Apenas para ZZRPC não se observaram diferenças estatisticamente significativas (p>0,05) entre os protocolos para nenhum dos fundos. Nos grupos experimentais com estrutura de NPALU e ZZRTW os resultados foram similares, apenas com valores de ΔE* superiores aos do protocolo do fabricante no fundo titânio para NPALU (p=0,032) e no fundo zircónia para ZZRTW (p=0,032). No grupo experimental com estrutura de NPZRW, observaram‐se diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) entre os protocolos para todos os fundos, com exceção de Ag‐Au‐Pt polido (p=0,095).

Conclusões: O protocolo de queima alternativo com menor incremento e arrefecimento mais lento fez aumentar o valor de ΔE* de todos os materiais sobre todos os fundos. Nas restaurações com estrutura de ZZRPC, o protocolo alternativo não revelou influência significativa no ΔE* observado para nenhum dos fundos.

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